Gemas sempre são redondas
Até que tentam voar...
Um espreguiço,
E tornam-se pássaros a gorjear,
Um passo
E uma pessoa passa a passear,
Um ganido
E um cão passa a ladrar
Gemas sempre são redomas
Até que tentam partir, levitar,
Criar asas, mergulhar,
Em si e no azul do pensar
Rodilhas a iluminar
Gemas sempre são luares
Segregando serenar
Seres sempre singulares
Escorrem na escuridão
Espalham-se à multidão,
Nascendo acima dos ares
Enchendo o mar de “brilhares"
E pingos de amanhecer...
Cambaxirras e canários,
Craviolas, campanários,
Acendem o alvorecer
Enchendo o ar de aromas
Gemas sempre são redomas
Até que tentam parir, peneirar,
Criar rumos, caminhar,
Em si e no azul do pensar...
Paulo Caldas – Junho 2010
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