Gostamos de escrever e de pensar. Costumávamos trocar e-mails, mas decidimos expor nossas ideias a quem quer que queira vê-las, e assim surgiu o Abracabessa. Sem cedilha mesmo, porque tudo pode ser mudado - e mesmo que não seja para melhor, às vezes a mudança traz consequências fantásticas!

24 de dez. de 2010

Natal = Fim do mundo

Adoro festejar! Não é que você me encontre nas maiores badaladas, de jeito nenhum, mas se há um motivo mínimo a ser festejado, já me animo! A falta de dinheiro é que me impede de expandir esse lado geminiano autêntico.
Assim sendo, época de Natal é a minha cara. Ontem o Paulo me chamou para ver as vitrines de Nova Iorque (na TV, claro) porque adoro olhar vitrines. Não gosto de comprar, mas adoro olhar vitrines. A estética, a montagem, as cores, como se fossem instalações, com a iluminação combinando com as roupas, que se equilibram com os manequins e o fundo da loja. Adoro olhar jóias em vitrines. E papelarias são meu fraco. Agora, gosto mesmo é de presentear. Mais uma vez: me esbaldo no Natal! Porque é permitido, bem-vindo, às vezes inesperado, mas é sempre bom presentear.
Há alguns anos, porém, noto que a semana que antecede o Natal torna-se a mais estressante do ano. Todos os carros do mundo vêm para Maceió, para a Convenção-Anual-dos-Carros-Com-Apenas-Uma-Pessoa-Dentro. Deve ser porque nossa cidade é ponto de turismo de lazer, daí como Natal coincide com as férias de verão tudo conspira para a superpopulação que passa a desfilar por aí.
Mas o pior de tudo ainda é a pressa. A sensação de a-fazer, de que falta algo. Algo importante...tipo o peru "de Natal" (porque as pessoas comem peru, panetone, tudo que detestam durante o ano todo...deve fazer parte do equilíbrio prazer x sacrifício).
No ano passado decidi que não entraria nessa paranoia. Comecei comprando os presentes em outubro, com calma, aproveitando promoções, inclusive. Comprei algumas embalagens e outras ficaram para esta semana, na papelaria simpatissíssima perto de casa - ou seja, é um prazer ir lá. Fiz as embalagens em casa, para que Marina participasse - ela colocava o dedinho para segurar o papel ou fita e quando eu não pedia, dizia "Dedinho, mamãe?"
As pessoas lá fora continuam correndo, guiando automóveis, pegando ônibus, taxis (que demoram 30 minutos para chegar). Ainda penso, vendo tudo isso "Parece que o mundo vai acabar, oxe" mas estou bem tranquila, porque se acabar mesmo, vou partir tão descansada.....
Foto extraída de http://www.bemlegaus.com/